A universidade é por natureza um espaço aberto, de encontro de pessoas diferentes, de respeito pelo pensamento do outro, de diálogo entre culturas, de enriquecimento mútuo e de procura da verdade.

No entanto, nos dias de hoje, a universidade centra muito o seu olhar na observação, na experimentação e num tipo de racionalidade excludente de outras dimensões. A sua forma de considerar a realidade cai num certo reducionismo e tecnocratismo, já que, ao valorizar a experimentação ou a racionalidade dos cálculos sobre outras dimensões da vida, como a ética e a própria dimensão espiritual da pessoa, reduz o olhar amplo típico da universidade a uma cosmovisão ideológica e monocultural. 

É neste contexto, de quem quer refletir que na vida há muito mais do que a constatação de aspetos da realidade que podem ser medidos, calculados ou controlados, e de que a ciência não se pode restringir à ciência experimental, que propomos este encontro.

Importa, então, criar espaços de refleção sobre o papel que o docente e investigador cristão deve ter na universidade, sobre os desafios que lhes são colocados no contexto atual académico e os obstáculos que estes encontram para a vivência da dimensão cristã no exercício das suas funções académicas.

Para nos ajudar a refletir sobre esta temática, convidamos oradores que, aceitaram o nosso convite para vir partilhar um saber que muito apreciamos e que, por certo, também nos tornará mais enriquecidos, ajudando-nos a vislumbrar novas perspetivas e desafios que a universidade hoje coloca na vida de um académico cristão.